Olímpia recebe o Circuito SESC de Artes

Olímpia recebe dia 1º de junho, próxima quarta-feira, o Circuito SESC de Artes 2011, que vai percorrer este ano 88 cidades do interior, litoral e grande São Paulo,, reunindo cerca de 270 artistas que atuarão em seis roteiros simultâneos.

O Circuito SESC de Artes promove a diversidade das manifestações artísticas contemplada com atividades de artemídia, artes visuais, circo, dança, literatura, música, performance e teatro.

O imaginário da praça como ponto de encontro de gerações, como espaço das feiras e trocas simbólicas é o eixo da programação, com o intuito de intervir no espaço público e propor uma suspensão no cotidiano das cidades.

Em 2010 o Circuito estreou em Olímpia com atrações como Wilson Simoninha e Max de Castro. Este ano o evento será no dia 1º de junho, uma quarta-feira, a partir das 14 horas, na Praça Nossa Senhora Aparecida.


Uma das atrações é o CIRCO ARLEQUIN, da Trupe Arlequin (PB)...

PROGRAMAÇÃO DO CIRCUITO SESC DE ARTES

MÚSICA

ORQUESTRA SAGA (SP)
SAGA é a sigla para Sociedade Amigos da Gafieira. A orquestra, composta por 15 integrantes, foi formada em 2009 do encontro de instrumentistas de outros grupos de São Paulo, que convidaram a cantora e bailarina Flávia Menezes e o cantor e compositor carioca Gabriel Moura para assumir os vocais. Os arranjos são assinados pelos trompetistas Rubinho Antunes e Azeitona, pelo saxofonista Samuel Pompeo e pelo trombonista Tiquinho. O repertório prioriza a música brasileira dançante, como sambas e gafieiras, incluindo clássicos como ‘Ladeira da Preguiça’, de Gilberto Gil, e ‘Samba de Orfeu’, de Tom Jobim e Luis Bonfá. A Orquestra SAGA foi convidada pelo Selo SESC a gravar o seu primeiro disco, com lançamento previsto para este ano, que contou com a participação especial de Seu Jorge, Paulo Moura e Wilson das Neves, entre outros.

TEATRO

CIRQUINHO DE PULGAS
Cia. Legião de Palhaços (SC)
O circo de pulgas é uma tradição entre os palhaços do mundo e não se conhece ao certo sua origem. Trata-se de um pequeno picadeiro com todos os aparelhos do mundo circense, onde pulgas adestradas realizam fantásticos e perigosos números. No enredo, sob a batuta do dono do circo, as pulgas Mélry, Hélry e Pull saltam, pulam e correm riscos sob o olhar atento dos espectadores. Criada em 1998, a Cia. Legião de Palhaços tem como objetivo dar continuidade à pesquisa sobre a linguagem dos artistas populares. Nesse espetáculo, a companhia de um homem só utiliza ilusionismo, animação e arte de palhaço para interagir com o público.

DANÇA

NUCLEARES NA RUA
Cia Mariana Muniz (SP)
Inspirado no trabalho Núcleos, do artista plástico tropicalista Hélio Oiticica, o espetáculo é um projeto de dança contemporânea que aborda questões da integração do corpo no espaço. O intuito é criar novas condições de experiência com o real e reflexões sobre modos de estar no mundo. A cultura popular é aproveitada como fonte de energia e necessidade criativa. A Cia Mariana Muniz foi criada em 2000, idealizada pela atriz e bailarina que nomeia a companhia.

CIRCO

CIRCO ARLEQUIN
Trupe Arlequin (PB)
Um bar servirá de pano de fundo para retratar as mais diversas e divertidas histórias. Peripécias, palhaçadas, música e dança compõem o espetáculo, que utiliza uma linguagem circense urbana para favorecer a interação com o público. A trupe Arlequin de João Pessoa, fundada em 2008, tem o objetivo de dar continuidade à pesquisa coletiva, voltada para a disseminação e valorização da arte teatral circense.

LITERATURA

POLVO POÉTICO
Grupo Sensus (RJ)
O objetivo dessa intervenção poética é popularizar o gosto pela poesia. Um grupo de atores utiliza-se da velha brincadeira do telefone sem fio para declamar poesias, por meio de conduites que saem de seus capacetes, permitindo que diversas pessoas possam ouvir simultaneamente. As performances atuam em várias camadas do imaginário, ampliando gradualmente a percepção e despertando o interesse pela leitura. Fundado em 2005, o Grupo Sensus utiliza a literatura poética como principal forma de dramaturgia em suas intervenções sensoriais.

ARTES VISUAIS

JOGO ACERVO SESC DE ARTE BRASILEIRA
Com o objetivo de aproximar o público do universo artístico por meio do contato com obras de arte, uma brincadeira de cartas com imagens de obras do acervo do SESC propõe indagações e reflexões relacionadas à arte de forma geral. Em sua segunda edição, o jogo criado especialmente para o Circuito SESC de Artes 2011 apresenta a coleção BRESSONIANAS, composta pelos fotógrafos brasileiros Carlos Moreira, Cristiano Mascaro, Flávio Damm, Juan Esteves, Marcelo Buainain, Orlando Azevedo e Tuca Vieira, que têm em suas obras a influência do fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson.

BRASIL PELO BURACO DA AGULHA
Mica Costa-grande (Portugal)
Em um caminhão de 17 toneladas, o artista fotográfico Mica Costa-grande percorre há dois anos o Brasil com a maior máquina fotográfica móvel do mundo, produzindo negativos de 4,2m x 1,3m. No Circuito SESC de Artes, será produzida uma imagem em cada cidade visitada no roteiro. O público poderá visualizar a imagem captada e conhecer os processos tradicionais que remetem aos primórdios da fotografia analógica, relacionando estes conhecimentos com a produção de imagens contemporâneas.

PERFORMANCE

É CRÉDITO OU DÉBITO?
Vários artistas (BR)
Intervenções em que artistas e público negociam a troca, compra e/ou venda de conversas, gestos, textos ou objetos simbólicos, discutindo questões sobre a sociedade de consumo e o mercado da arte. Os trabalhos incorporam ideias e ações a partir de uma genealogia artística construída desde os anos 70 que subverte o sistema institucional da arte, estabelecendo alternativas de posicionamentos face ao sistema capitalista.

* A Casa, Jaime Lauriano
Criação de uma campanha de venda de imóveis. Os produtos a serem comercializados são prédios em processo de demolição. O público poderá adquirir por R$1,00 a possibilidade de ajudar a demolição de um imóvel, para a construção de um novo empreendimento imobiliário na cidade.

* O Gabinete do Dr. Estranho, Livio Tragtenberg
De dentro de uma jaula, o músico Livio Tragtenberg conversa com os passantes para produzir trechos audiovisuais e receber arquivos digitais do público. O material captado é editado para a projeção ao final do dia. São exibidos neste ambiente não apenas resultados diários de uma colaboração criativa, mas a figura do artista em constante processamento e estranhamento do mundo.

* Outra Identidade, Ana Teixeira
Proposta de aquisição de uma “Outra Identidade”: cédulas de identificação, sem nome, número ou foto e com frases. Em troca de uma outra identidade o transeunte deixa sua impressão digital em um caderno no qual passa a ser associado à frase escolhida.

ESPECIAL

VIDEORREPÓRTER
Com a missão de descobrir quais são os hábitos culturais dos moradores da cidade por onde passa, um videorrepórter faz rápidas entrevistas sobre quais são as opções de cultura, lazer e entretenimento da região. Ao final do dia, esse material é editado e apresentado no telão do palco promovendo um encontro das respostas registradas com o público. Serão produzidos 88 documentários, um em cada cidade contemplada pelo Circuito SESC de Artes 2011.