O governo de São Paulo atualizou nesta sexta-feira (11) a classificação das regiões no plano São Paulo, que regula a reabertura gradual das atividades econômicas durante a pandemia do coronavírus, e anunciou o avanço de duas regiões e nenhum retrocesso.
Com isso, pela primeira vez, todo o estado de São Paulo está na fase amarela de classificação do plano, a qual permite o funcionamento de bares, restaurantes, comércio e outras atividades não essenciais.
Franca e Ribeirão Preto eram as únicas regiões na fase laranja e passaram para a amarela nesta sexta (11). Na última sexta-feira (4) a região de Ribeirão Preto havia sido a única a regredir da fase amarela para a laranja, devido a um aumento no número de casos e na variação semanal de óbitos.
Para que as regiões evoluam para a fase verde, em que são permitidos eventos, convenções e atividades culturais com público em pé, é necessário uma estabilidade de 28 dias na fase amarela. Por isso, a gestão estadual também anunciou nesta sexta que as alterações do Plano São Paulo para evolução de fase passarão a acontecer uma vez por mês. A regra anterior permitia que as mudanças fossem feitas a cada duas semanas para evolução de fase.
Agora, o retrocesso de uma região para uma fase mais restrita da quarentena pode ocorrer a qualquer momento, mas apenas caso a reclassificação seja para a fase vermelha. Como todo o estado está agora na fase amarela, nenhuma região muda para a fase laranja pelo menos durante os próximos 30 dias. Na prática, as regiões que tiverem piora nos índices não vão retroceder, a menos que a piora seja tão grande que leve os números para o estágio vermelho.
Reclassificação após feriado
A classificação de todas as regiões na fase amarela do Plano São Paulo nesta sexta, aconteceu mesmo após o registro de aglomerações durante o feriado nacional prolongado do 7 de setembro.
Durante o período, o governo fez a Operação Independência, que reforçou o policiamento em cidades turísticas do estado para tentar evitar aglomerações durante a pandemia de Covid-19. Apesar disso, o domingo (6) foi marcado por grande presença de turistas nas praias do litoral paulista. Milhares de banhistas lotaram as praias de Santos, no litoral paulista, no segundo dia de feriado prolongado da Independência.
A Guarda Civil Municipal (GCM) da cidade multou moradores e turistas que voltaram a desrespeitar as determinações de uso obrigatório de máscaras de proteção facial e de evitar aglomerações.
Essa foi a quarta reclassificação no Plano São Paulo após as mudanças no processo de classificação feitas pela gestão no dia 27 de julho, que alteraram os critérios dos índices monitorados, como por exemplo, o percentual máximo de leitos de UTI ocupados permitidos nas fases amarela e verde.
A mudança feita pela gestão João Doria (PSDB) nas regras de ocupação de leitos de UTI e margem de erro nos critérios de evolução da epidemia permitiu que as regiões fossem para a fase amarela com mais facilidade. Com a atualização do Plano São Paulo nesta sexta (21), o percentual da população de São Paulo que vive em regiões classificadas na fase amarela passou para 88%. Antes, eram 86% dos moradores do estado.
Na última sexta-feira (4) o governo de São Paulo realizou novas mudanças no Plano São Paulo. Com elas, as regiões que atingirem as fases 3 (Amarela) ou 4 (Verde) permanecerão nessas fases desde que tenham indicadores semanais inferiores a 40 internações por Covid-19 a cada 100 mil habitantes e 5 mortes a cada 100 mil habitantes. Esse novo critério vai se sobrepor aos outros, ou seja, caso as mortes e internações estejam abaixo desse patamar, as regiões não vão regredir para fases mais restritas da quarentena.
A alteração muda a lógica do plano, já que dois dos principais critérios do Plano São Paulo eram a variação de novas internações, em comparação com a semana anterior e a variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.
Para começar a reabertura do estado em 1º de junho o governo dividiu o território de acordo com as 17 Divisões Regionais de Saúde (DRS). A Grande São Paulo foi subdividida em outras 6 regiões, uma para a capital e outras 5 para cada grupo de cidades da Região Metropolitana. A flexibilização da quarentena é feita de modo diferente em cada uma dessas regiões.
Os critérios que baseiam a classificação das regiões são: